quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Experimento da radiação

O projeto visa o campo da matéria e energia. Nele procuramos fazer uma analogia da radiação de um raio-x para descobrirmos o seu efeito.
A radidação se dá a partir do excesso de energia nos núcleos dos átomos. Quando essa energia é emitida na forma de matéria a intensidade da radiação é alfa ou beta.
Quando essa energia é emitida em ondas eletromagnéticas, obtemos o tipo mais forte de radiação: gama.
No experimento simulamos uma lâmpada incandescente emitindo radiação a um fototransistor com uma ventoinha ao meio para que sinal reconhecido pelo programa Audacity seja alternado.
A intenção é colocar diversos tipos de barreiras (ex: vidro, papel, plástico) para medirmos a intensidade dessa radiação.
Na lâmpada foi implantado um dimer para alternar a intensidade da potência elétrica.
O projeto tem uma proposta abrangente dos principais tipos e efeitos da radiação bem como o incentivo ao aprendizado das principais fontes radiotivas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Fatores que influem sobre os efeitos radiobiológicos.

Vários fatores influem sobre os efeitos radiobiológicos. São especialmente: 1 - A qualidade da energia ionizante; 2 - A intensidade da radiação (efeito reversível e irreversível); 3 - A maneira da Exposição, isto é, se de corpo inteiro ou de parte dele, se externa ou interna, se simples, continuada ou fracionada; 4 - O tempo de exposição; 5 - A distribuição de dosagens entre os diversos tecidos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Corpo Humano


Respostas às radiações em diferentes sistemas do corpo humano

A ação das radiações no organismo humano produzem uma série de efeitos, que representam danos diferentes para cada região afetada. Os tecidos mais sensíveis à radiação são os da medula óssea, tecido linfóide, dos órgãos genitais, os do sistema gastro-intestinal e do baço. A pele e os pulmões mostram sensibilidade média, enquanto que os músculos, tecidos neuronais e os ossos plenamente desenvolvidos são os menos sensíveis. A seguir, um resumo dos sintomas clínicos, relativos aos efeitos biológicos imediatos mais prováveis na irradiação de corpo inteiro, com doses agudas de radiação:

  • Sangue. Os glóbulos brancos do sangue são as primeiras células a serem destruídas pela exposição, provocando leucopenia e reduzindo a imunidade do organismo. Uma semana após uma irradiação severa as plaquetas começam a desaparecer, e o sangue não coagula. Sete semanas após começa a perda de células vermelhas, acarretando anemia e enfraquecimento do organismo.
  • Sistema linfático. O baço constitui a maior massa de tecido linfático, e sua principal função é a de estocar as células vermelhas mortas do sangue. As células linfáticas são extremamente sensíveis à radiação e podem ser danificadas ou mortas quando expostas.
  • Canal alimentar. Os primeiros efeitos da radiação são a produção de secreção e descontinuidade na confecção de células. Os sintomas são náuseas, vômitos e úlceras no caso de exposição muito intensa.
  • Glândula Tireóide. Essa glândula não é considerada sensível à radiação externa, mas concentra internamente iôdo-131 (radioativo) quando ingerido, o que causa o decréscimo da produção de tiroxina. Como consequência, o metabolismo basal é diminuído e os tecidos musculares deixam de absorver o oxigênio necessário.
  • Sistema urinário. A existência de sangue na urina, após uma exposição, é uma indicação de que os rins foram atingidos severamente. Danos menores nos rins são indicados pelo aumento de aminoácidos na urina.
  • Ossos. A radiação externa tem pequena influência sobre as células dos ossos, fibras e sais de cálcio, mas afeta fortemente a medula vermelha.
  • Olhos. Ao contrário de outras células, as das lentes dos olhos não são auto-recuperáveis. Quando estas células são danificadas ou morrem, há formação de catarata, ocorrendo perda de transparência dessas células. Os nêutrons e raios g são os maiores indutores de catarata.
  • Órgãos reprodutores. Doses grandes de radiação podem produzir esterilidade, tanto temporariamente como permanente. A sensibilidade de gestantes é maior entre o 7o e o 9o mês de gestação. Nas mulheres grávidas que foram expostas às radiações no Japão durante o episódio em que duas bombas atômicas foram lançadas sobre aquele país, houve um aumento significativo de partos retardados e mortes prematuras.

Respostas do DNA às radiações


Respostas do DNA às radiações

Os efeitos das radiações ionizantes no DNA dependem de fatores como tipo de radiação, pH do meio, temperatura, teor de oxigênio, presença de aceptores de radicais livre, características do próprio DNA e a possibilidade de reparação dos produtos induzidos pela radiação. Entre os efeitos estão:

  • alterações estruturais das bases nitrogenadas e das desoxirriboses
  • eliminação de bases
  • rompimento de pontes de hidrogênio entre duas hélices
  • rotura de uma ou duas cadeias
  • ligações cruzadas entre moléculas de DNA e proteínas.

As radiações que não causam ionização na molécula de DNA também produzem danos. Apesar de não causar ionização, a radiação ultravioleta pode excitar a molécula de DNA ou outras moléculas que absorvam na mesma faixa de energia, criando assim um meio altamente reativo, podendo ocasionar a quebra de cadeias da molécula de DNA por ação de outras moléculas ativadas pela radiação.

Efeitos somáticos e hereditários

Efeitos somáticos e hereditários

As consequências das radiações para os humanos são muitas e variáveis, dependendo dos órgãos e sistemas atingidos. De um modo geral os efeitos são divididos em efeitos somáticos e efeitos hereditários.

Efeitos somáticos. Os efeitos somáticos surgem de danos nas células do corpo, e apresentam-se apenas em pessoas que sofreram a irradiação, não interferindo nas gerações posteriores.

Os efeitos que ocorrem logo após (poucas horas a semanas) uma exposição aguda são chamados de imediatos. Os efeitos que aparecem depois de anos ou décadas são chamados tardios.

A gravidade dos efeitos somáticos dependerá basicamente da dose recebida e da região atingida. Isso se deve ao fato de que diferentes regiões do corpo reagem de formas diferentes ao estímulo da radiação. Alguns exemplos de efeitos somáticos imediatos produzidos por exposição radioativa aguda (doses elevadas, da ordem de Grays) são:

  • Sistema hematopoiético: leucopenia, anemia, trombocitopenia etc.
  • Sistema vascular: obstrução dos vasos, fragilidade vascular etc.
  • Sistema gastrointestinal: secreções alteradas, lesões na mucosa etc.

Os efeitos somáticos tardios são difíceis de distinguir, pois demoram a aparecer e não se sabe ao certo se a patologia se deve à exposição radioativa ou ao processo de envelhecimento natural do ser humano. Por esta razão a identificação dos efeitos tardios causados pelas radiações só podem ser feitos em situações especiais.

Experimentos com animais permitem, com alguma incerteza, descrever os efeitos tardios causados pela radiação, tais como radiocarcinogênese, modificações na duração da vida média e alterações no crescimento e no desenvolvimento, especialmente na embriogênese.

Efeitos hereditários: Os efeitos hereditários ou genéticos surgem somente no descendente da pessoa irradiada, como resultado de danos por radiações em células dos órgãos reprodutores, as gônadas.

Estes efeitos são estudados usando camundongos como cobaias e seus resultados podem ser extrapolados para a espécie humana. Os efeitos genéticos nos camundongos dependem, além de outros fatores:

  • da dose de radiação, existindo uma relação linear entre esta e a intensidade do efeito
  • da taxa de fracionamento de dose, dependendo de serem ou não reparáveis as lesões provocadas pelas radiações
  • da qualidade da radiação, sendo os nêutrons os mais eficientes para provocar a mutagênese que o raio-X ou g;